Suíça quer ser líder em tecnologias verdes

10-12-2009 21:19

Coincidindo com a conferência sobre a mudança climática em Copenhague, empresários, políticos e cientistas lançaram a Swiss Cleantech Association (SCA).

Os membros dessa associação querem conquistar o mercado mundial do meio ambiente, estimado em 900 biliões de francos em 2010.

A Suíça tem tecnologia de ponta em vários sectores ambientais, com laboratórios reconhecimento mundialmente nas duas escolas politécnicas de Zurique e Lausanne. As normas suíças para a construção, transportes e agricultura estão entre as mais exigentes.

Na exposição universal de Xangai (de 1° de maio a 31 de Outubro de 2010), as cidades de Genebra, Basileia e Zurique terão como tema a água potável, sector em que os suíços são peritos. Eles também são líderes mundiais da reciclagem.

O primeiro avião solar a dar a volta ao mundo será suíço e multiplicam-se as pesquisas e aplicações de energias renováveis.
“Isso precisa mudar. A Suíça tem de se engajar para que as tecnologias ambientais se tornem um novo pilar de nossa economia, para que o país se posicione como líder mundial do desenvolvimento sustentável” disse o empresário Nick Beglinger, um dos fundadores da Associação Suíça de Tecnologia Limpa (SCA, na sigla em inglês).
“A Suíça não deve apenas rimar com queijo, chocolate e bancos. Ela também deve ser sinónimo de tecnologia limpa”, acrescenta o industrial de Zurique.

Políticos e cientistas

Em carta endereçada à Câmara Federal, a SCA afirma que o sector financeiro não será mais o grande criador de riquezas e incita os deputados federais a criarem leis para que as tecnologias verdes se tornem um novo pilar da economia suíça.

A Associação já conta com o apoio de um grupo de parlamentares pluripartidário e de um grupo de cientistas, entre eles o presidente da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), Patrick Aebicher, e do idealizador do avião solar Solar Impulse, Bertrand Piccard.

Empregos e perspectivas

Nada menos que 70 empresas suíças estão entre as fundadoras da SCA. Juntas, elas empregam 155 mil pessoas e criam, segundo a SCA, de 18 a 20 biliões de euros em valor agregado.
Um estudo recente do Ministério suíço da Economia avalia que no plano mundial, o sector de tecnologias limpas terá um crescimento de 8% ao ano e uma facturação anual de 22 biliões triliões de euros, dentro de dez anos.

“As tecnologias limpas suíças estão bem posicionadas para participar da limpeza do planeta, especialmente nos grandes países emergentes”, diz Nick Beglinger. Este ano, China, Estados Unidos e dez outros previram gastar 177 biliões de dólares em programas ambientais.

O ponto fraco, por enquanto, é que o governo federal não tem qualquer incentivo à exportação de tecnologias limpas.

/fonte swiss info
Claudinê Gonçalves, swissinfo.ch com agências.

 

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